Títulos podem render até 20% a mais do que o valor de compra em função do tempo para liquidação
Desde que o governo federal aprovou a PEC dos precatórios, percebeu-se uma nova onda de possibilidade de expandir oportunidades para quem trabalha com investimentos. Nesse meio, todos sabem que diversificar é a palavra, oportunidades não podem e nem devem ser perdidas, umas vez que percebidas as chances de lucros por meio de transações que podem ser a longo ou a curto prazo possam gerar lucro com maior segurança ainda do que os investimentos em remanescentes variáveis.
Neste caso, para o investidor que deseja balancear riscos e equilibrar a balança de investimentos da sua carteira pode ter certeza que encontrou a maneira ideal de manter o fluxo de apostas em títulos com maior flexibilidade e outros com uma maior segurança, mas sem deixar de ser tão rentável quanto. A valorização de um título de precatório pode muitas vezes ultrapassar o rendimento da poupança e outros investimentos como o CDB, por exemplo.
Uma vez que os retornos de compra de títulos como este, podem gerar retorno de pelo menos 20% do valor total da compra por conta da falta de celeridade de órgãos governamentais a qual o título pode estar atrelado na ação judicial, estimando o valor de liquidação com os juros sempre para mais.
É justamente por conta desse deságio, que o retorno de compra de títulos de precatórios se torna um negócio interessante de risco justificável. Precatórios federais podem chegar ao lucro de 25% a 35% do valor para muitas ocasiões. Um exemplo, um precatório de R$ 1 milhão que poderá ser pago entre R$650 e R$750 mil, o tempo de que se espera para que o trâmite seja encerrado, com a devida liquidação, até lá os juros já fizeram seu investimento ser valorizado com a porcentagem de correção de deságio aplicada sobre o valor líquido atualizado do precatório, ou seja aplicar a correção monetária pelo índice presente no título executivo, geralmente é o IPCA.
De acordo com o Banco Central, em 2022, o IPCA acumula alta de 4,29% e nos últimos 12 meses ficou em 12,13%. Essa é a maior variação do índice desde outubro de 2003, quando havia ficado em 13,98%. Confira na tabela abaixo a variação do índice entre maio de 2021 e abril de 2022. O BC persegue com ameta de 3,05% em 2022, 3,25% em 2023 e 3,00% para 2024, mantendo sempre a margem de 1,5 para cima ou para baixo.
De qualquer forma, mesmo que os juros sejam atingidos pela inflação, o lucro não deixa de ser positivo uma vez que a segurança do pagamento está certa pela liquidação por meio de dotação orçamentária ao qual o precatório está atrelado, que um ente governamental. O que faz essa onda ser favorável a surfar sem medo de se arriscar podendo partir para investimentos mais arrojados e com previsão de lucros maiores.